Se criança tivesse TPM, eu diria que a Aurora ontem apresentou a pior TPM da vida dela, antecipando até as que virão (tenho medo). Foi de um azedume geral, das 17 horas, em que ocorre o momento "saudade do dia" até às 22, onde damos tchau a mais um dia e a gente enfim faz as pazes mais românticas EVER.
Pensando agora no dia que passou, percebo como posso ser doce e paciente quando realmente eu estou afim. Acho que, salvo umas e outras mães que fazem yoga e massagens relaxantes, eu consegui respirar fundo e contar até 3 mil. Reclamou que a vovó não tava em casa (iríamo pra lá), aí comprei seu silêncio com uma locação da Tinker Bell. Aí reclamou que ia demorar demais chegar em casa, e fazendo beicinho, pediu picolé (aqui em Brasília tá fazendo uns 10º às 17 horas). Até aí, meu lado monja estava funcionando.
Quando cheguei em casa, onde a ficha cai que eu sou uma mãe solteira que mora sozinha e longe do trabalho, fui pra pia, pro tanque, e chegou vizinha, e chegou tio, e depois chegou pai, todo mundo querendo prosear e eu lá, sem poder sair da beira do fogão. Quando o relógio mostrou 21 horas, eu já tava jogando a toalha, com uma criança a todo vapor querendo brincar.
E eu fiz o que? O que? O QUE, MEODEUS?
Brinquei. Falando muito sério, eu levanto meus olhinhos pro céu nesses dias difíceis pedindo força física pra aguentar o tranco. No fim das contas, antes de desligar o abajur e nosso radinho que só toca rock n' roll, ela me diz: "mamãe, eu te amo". E eu respondo, "eu te amo muito mais".
3 comentários:
Nossa, Sol!... que bacana!
(mas eu ainda sou uma pessoa meio assustada com a possibilidade da paternidade) :/
Adorei! Eu queria um filhinho, agora na adolescencia não... Mas eu gosto da idéia de mãe solteira...
Não sei pq isso me agrada, devo ser louca! Ou é essa mania de ser do contra.
Coisa boa de se ler =)
Postar um comentário