terça-feira, 8 de junho de 2010

De repente 30

É engraçado como mudamos ao longo do tempo e perceber que ter 30 anos nem é tão ruim.

Eu divido minha vida em fases. Minha grande virada foi na faculdade. Descobri coisas novas, pessoas diferentes, aprendi a pensar, raciocinar e ter opiniões, e vi que isso era bom, era uma libertação.

Da faculdade pra minha gravidez foi outra fase. Conturbada, mas foram os anos mais agitados da minha curta vida, porque eu descobri o céu e o inferno, as farras, a loucura, a ressaca moral, a depressão.Eu era livre como um pássaro, o céu era meu limite, por isso tantos extremos.

E aí, sem mais nem menos, em questão de 1 MÊS eu descobri coisas que nem estavam nos meus planos dessa vida: me apaixonar, TER UM BEBÊ!, morar só, intimidades com sogra, abandono total da vida noturna e tals. E eu gostei. Porque eu aprendi a sentir, invés de falar, parecer, aparecer, sair, fazer. O mundo pode ter outras nuances se você souber olhar por outro ângulo.

Algumas coisas que antes eu valorizava, hoje eu nem ligo. Não dou a mínima, e nem sinto falta. Hoje SEI que as coisas têm a importância que NÓS damos à elas, e não que elas tenham alguma importância realmente. Porque pra mim um PC é um PC, pra outros é um fígado, um rim, ou todo o corpo junto. Pra mim o céu, uma árvore tem um sentido, pra outros, é APENAS uma árvore.

Acho que descobri o sentido da vida aos 30 anos.Isso não é bom? Porque pra mim, pra um rei, um mendigo ou um pop star, o final é o mesmo: debaixo da terra (ou, por questão de opção, um forno crematório).