quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O que eu já escrevi

Papel higiênico Neve!!

Ontem, ao fazer compras no supermercado, fiquei espantado com a variedade da linha de papéis higiênicos Neve, aquele mesmo, que era anunciado antigamente pelo mordomo Alfredo.

Segundo seu fabricante, Neve é um produto sofisticado, destinado as classes A e B. Só se for A de aviadado e B de bicha, pela quantidade de frescuras, como o Neve Ultra, que já vem com alguns opcionais como alto relevo de flores e uma microtextura, que segundo o texto da embalagem, proporciona a seus felizes usuários "a suavidade de uma pétala de rosa".

Perguntar não ofende:

Alguém já limpou a bunda com uma pétala de rosa???

Depois, tem o Ultra Soft Color (mais caro e mais metido a besta): laranja e com extrato de pêssego; Como se o cú enxergasse cor e sentisse cheiro...

Mas, demais mesmo é o Neve Ultra Protection, o top de linha. Este Rolls Royce dos papéis higiênicos, além de conter óleo de amêndoas ("garante maciez superior e um cuidado maior com a sua pele") em sua delicada fórmula, vem com Vitamina E (!?!?!?): ou seja, você caga e ainda sai com o cu vitaminado!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O mundo é redondo

Quando aparece alguém novo na minha vida, eu sempre aceito de braços abertos, sem pensar muito no amanhã, no que essa pessoa possa representar pra mim algum dia e muito menos no que eu vou ser pra ela. Talvez eu pense assim porque, de início, eu ache que uma única pessoa não possa mudar nada; não adianta lutar contra aquilo que está fadado.

Mas é justamente aí onde eu peco. Eu inflaciono palavras, situações e sentimentos, mesmo que na realidade tudo isso não valha tanto. E depois eu fico assim, sem saber o que fazer com isso, vendo todos os meus excessos escoarem para o nada. A frustração é tão grande que a única saída é sentir raiva. Ou tentar sentir raiva, melhor dizendo.

Esquecer devia ser mais simples. Assim eu não pareceria tão orgulhosa, e não sentiria tanta vergonha em dizer que não esqueci, e que sinto saudades daquilo que nunca existiu. Esqueço que você é só um garoto, que tem o mundo todo pela frente, centenas de pessoas pra conhecer e milhares de sentimentos pra viver, e que talvez eu tenha sido uma pessoa entre tantas. Se eu fui ou serei mais ou menos importante é algo que eu nunca vou saber.

Um amigo me disse certa vez, enquanto eu desabafava minhas frustrações, o quanto eu era importante e especial, e que somente eu não havia percebido isso. Eu, na minha incredulidade, quis saber então o que me fazia ser tão especial, já que ser especial sempre me pareceu não me fazer uma pessoa diferente ou capaz de despertar amor em outra pessoa, mesmo que conseguisse amar por dois corações. E ele disse: "mas é aí o 'x' da questão. Você é tão carinhosa e atenciosa com os outros que você mesma é incapaz de se notar."

Então percebi que é isso que me faz ser tão intensa. Eu sinto por dois o que eu acho que alguém não pode sentir por mim. Não sei entender que as coisas não são da forma como eu as encaro.

E eu escrevo por ainda me sentir confusa e não saber como reagir. Me engano todos os dias pra poder conseguir viver na normalidade e tentar ter uma vida morna. Mas infelizmente a lembrança é algo que não se pode simplesmente deletar, principalmente depois de olhar nos olhos, sentir o cheiro, pegar na mão. Você tem uma solução pra mim?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Alôka

Tá, eu sou louca ou ingênua ou simplesmente idiota por acreditar em magia, deuses, espíritos, romantismo, milagres, amor à primeira vista, fidelidade e tudo o mais. Só acho que Deus é sacana demais e esconde a graça de tudo, nos deixando definhar nessa vida de merda, chafurdando na lama e na carência das coisas que são mais sublimes, mas que a grande maioria é bruta demais pra perceber. Enfim.