sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Medinho

O ser humano pede mais do que agradece, é fato. A gente tem o horrível hábito de estar sempre pedindo, pedindo, pedindo pro pai, pra mãe, pra Deus, pro Universo, e esquece um pouco de agradecer. Sem querer me gabar, eu agredeço à Deus, ao Universo e a mim mesma as coisas maravilhosas que recebo, e peço pouco. Geralmente eu insisto na mesma tecla até eu conseguir. Se rolar, ótimo, desejo outra coisa. Se não rolar, às vezes desencano e deixo fluir.

Quando esses desejos apontam no fim da rua e te dão "tchau", você percebe que ele está próximo, bem próximo. E que vão mudar sua vida. Dá um gelo. Dor de barriga com frio na espinha. E dá vontade de entrar em casa e deitar no colo da mamãe debaixo das cobertas, deixando tudo como está.

Como eu não tenho mais minha mãe, respiro fundo, estufo o peito e grito: "Pode vir!"

Eu tiro força e coragem não sei de onde, mas eu faço. SOZINHA.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Esquisita eu sou

Eu dava muita risada com meu ex-namorido quando eu dava uma de louca, fixava os olhos nele e dizia: "você é léééééndoooo". Ele dizia que não: não era lindo. Era esquisito. Alto demais, magro demais, sombrancelha de gaivota, nariz de turco, cabeça chata (atrás, por sinal), enfim. O amor faz a gente ver coisas.

E eu tenho me olhado bastante nos últimos dias, ao ponto de reconhecer aqueles meus sentimentos que ninguém enxerga em si próprio, como a inveja, a ira, a preguiça, o rancor, etc. Eu sou humana. Mas também sou mmmuito esquisita, querem ver?

1- Eu escuto "Quran" no trabalho (sou espírita¬¬);
PS: Pra quem não sabe, "quran" são trechos do Alcorão "cantados" pelos muçulmanos.

2- Eu tenho 4 tatuagens: três estrelinhas atrás da orelha, um dragão no ombro, uma Sheeva enorme de oito braços nas costas (inacabada, por sinal), e o nome da minha filha tatuado nas parte alta das costas, em fonte "Élfico"(sou fã do Tolkien, hihi). A próxima será o sinal "om" no pé. Tipo, eu pareço uma colcha de retalhos, cada pedaço de um pano diferente. Se eu fosse tatuar tudo que eu penso, meu Deus! Álbum de figurinhas;

3- Eu sou extremamente carente, mas gosto de ficar só. Não tenho muita paciência pro ser humano, sabe!? Salvo em ocasiões especiais, um contato de 2 horas ininterruptas já tá de bom tamanho. Depois disso, fico desejando que a pessoa vá embora, ou fico desejando ir embora;

4- Não gosto de salto, maquiagem, roupa cheia de pano, renda, babado nem colorida demais, odeio cabelo comprido, bijuteria. 99% das vezes eu passo incólume pelos lugares, e gosto. O meu desafio é conseguir me vestir bem sendo gorda, e sem esses pinduricalhos de perua. É por isso que eu vejo "Esquadrão da Moda";

5- Sou licenciada e faço pós-graduação na área de Educação, mas trabalho há 10 anos em uma imobiliária. Tudo a ver né!? Mas gosto do que faço, só estou enjoada, pronta para novos desafios.

6- Das minhas bandas favoritas, nenhuma tem menos de 20 anos de estrada. A maioria já tinha acabado quando eu nasci...rs.

Por isso eu digo que sou única. Não sou vaca pra andar em rebanho e ficar seguindo modinha, vestir e fazer o que todo mundo tem ou faz ou é só porque tá na "moda". O que hoje tá na moda vai ser motivo de risada amanhã. Além do mais acho besteira ficar se preocupando com a embalagem sendo que o que importa é o recheio. E isso aí não tem dinheiro que dê jeito quando a carne é podre. Eu sou produto de primeira e isso não tem como mudar, só se eu quiser... rs

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Mudar é preciso

Eu já tinha percebido o quanto a minha enorme curiosidade só me traz sofrimento. Toda vez que vou querer saber dos outros, eu me fodo. Fico sabendo de coisas que ficariam melhores se eu não soubesse. E num impulso de começo de ano (foi mais imitando a Julis...heh), deletei meu Orkut. Recebia um ou outro recado, e o resto era pura xeretisse minha. Pela 4ª vez, deletei. E espero não voltar.

Eu fui pra terapia no começo de 2009 por causa de um coração partido. Esse maldito site terminou de foder com ele, totalmente. E na terapia identificamos que, mesmo sabendo que iria sofrer, a minha curiosidade era maior, e eu continuava tendo as mesmas atitudes que eu sabia que iam me machucar. E por mais que eu soubesse que ia doer, ia lá e fazia de novo. E de novo, e de novo. E eu até menti umas duas vezes pra Yalê, pra não admitir que eu era tão burra ao ponto de ir atrás do sofrimento.

Na sexta-feira, lendo os links do blog, vi que a Julis deletou o dela. Eu fiquei muito, muito pensativa. Tentada. Tentada a deletar, mas mais tentada ainda em não deletar, afinal, em cima dessa decisão de NÃO deletar, tinha a minha curiosidade, e as pessoas que estavam lá e que eu gosto de verdade, e que na maioria, eu só tinha contato pelo site. Mas no fim das contas, depois que eu deletei minha conta, eu percebi que isso vai ser bom pra mim. Se eu quero que esse ano seja diferente, eu tenho que começar fazendo as coisas de forma diferente. Cortar uma atitude que só me causava dor foi um delas. É meio paradoxal né, insistir numa coisa que dói é burrice, mas o vício é assim mesmo.


A leveza está nos meus planos, sabe!? Tô me livrando, tô deixando o apego escorrer. Seria muito mais fácil se eu não fosse obrigada a ver e falar com algumas pessoas, mas naquilo que eu tenho controle, meus pensamentos e atitudes, eu quero mudar. Eu preciso. Vou fazer 30 anos esse ano e não é justo que eu seja uma velha ranzinza amargurada. Isso é feio e faz mal pra minha saúde. Eu vou esquecer um pouco da vida material e voltarei os olhos para o meu espiritual; quero retomar minhas aulas de yoga; vou fazer mais exercícios; vou ficar mais próxima da natureza; vou sair mais de casa, de dia e de noite; quero deixar de desejar o mal e remoer o mal que fizeram a mim, porque eu não preciso mais me preocupar com isso, afinal não é mais o meu coração que está na reta.

Eu quero ser leve por não carregar mais do que eu PRECISO carregar, entendem!? Tem sentimentos que não me dizem mais respeito, e não quero mais saber de nada que não seja minha própria vida. Ela não é tão leve ao ponto de eu ter cabeça e coração pra me preocupar com os outros. Egoísmo e egocentrismo às vezes não fazem mal.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ano Novo, você está nas minhas mãos

Em todo lugar as pessoas perguntam quais são suas resoluções de começo de ano, e... eu não fiz nenhuma. Não fiz porque querendo ou não, seja em janeiro ou em dezembro, minha vida vai mudar. A Aurora já começou na escolinha nova, e não está sendo o mar de alegria que achei que seria, mesmo porque a empolgação prévia dela não condisse com a realidade. Mas é normal, não foi nada desesperador (mesmo porque, um dia antes, conversando com ela sobre o que não deve fazer na escola, como morder, beslicar e bater, ela abriu o bocão. Sabem por que? Porque ela disse que QUERIA morder, beliscar e bater nos coleguinhas¬¬). Eu ri né!?

Aos poucos estou perdendo meus muitos quilos extras, eu vou mudar de casa para uma onde será somente eu e minha filha, vou concluir a pós-graduação e quem sabe arranjarei um outro trabalho totalmente diferente do que tenho hoje. Eu não quero mais que isso. Sou geminiana, e adoro mudanças, mas mais mudança que isso só se eu mudar de sexo (e isso não está nos meus planos).

Eu só vou tentar ser mais paciente, menos curiosa (porque isso FODE minha vida), ter menos preguiça pra poder curtir mais meus dias e ser mais relax com tudo. Eu queria ser daquelas pessoas que tá com nome sujo em tudo quanto é lugar e sai contente e feliz pra fazer compras. Não que eu queira fazer isso, porque oi? futilidade não é meu nome, mas o meu rigor com certos assuntos me deixa estressadíssima. Delinear meus pensamentos por caminhos menos tortuosos também é uma meta urgente e dificílima que quero cumprir, mas... paciência. Tenho mmmuita terapia ainda pra fazer.