terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sobre o consumismo e a necessidade do ter

Em 2001, cansada de ficar de quebra na night, esmolando carona, decidi comprar um carro. Tinha preferência por um básico mesmo, 1.0, econômico e que tivesse um custo de manutenção baixo. Eu queria um carro pra me levar onde eu quisesse, quando eu quisesse. Só isso. E encontrei um carro que, por mais que eu tenha condições de ter outro, muito mais novo, eu não quero. Porque meu carrinho é econômico de todas as formas, não dá trabalho, me leva em qualquer lugar (mesmo que às vezes bemmmm devagar) e eu adoro dirigir nele. Por que eu deveria trocar? Não acho justo. Muita gente já me perguntou (99% homens) , como se fosse um absurdo, porque eu não troco de carro; e quando eu respondo, eles se sentem frustrados porque eu sempre respondo que simplesmente EU NÃO PRECISO de um carro 0km. Talvez até queiram me matar quando souberem que eu vou é de ônibus pro trabalho, por preguiça de dirigir (e enfrentar engarrafamentos, provavelmente) e por falta de estacionamento por dezenas de km.

Celular é outro objeto moderno que eu não dou a mínima. No fim do ano passado comprei um aparelho novo porque o antigo realmente se deteriorou. Ele custou... 100 REAIS. Eu posso comprar o celular que eu quiser, mas porque eu deveria ter um que faz até ultrassonografia se o meu objetivo é FALAR com outra pessoa? Isso ele faz muito bem, obrigada. E detalhe: meu celular é de conta, o que reverte tudo ao qual a maioria está acostumada: ter um celular, ou um smarthphone ultra mega moderno, de última geração, mas fica ligando a cobrar pros outros porque não tem 10 reais pra colocar de crédito.

Sejamos práticos, baby. Não que eu não valorize, mas eu SOU assim mesmo, antes de qualquer engajamento ou postura ecologicamente correta da população moderno-tecnológica; atualmente tenho um pensamento em que me preocupar com outras pessoas sob certos aspectos é irrelevante. Acho que o mais importante é ser sincero consigo mesmo, com o estilo de vida escolhido por você, independente de tendência. Fazendo isso, a vida fica muito mais prazerosa.

domingo, 4 de setembro de 2011

Fim de semana, gripe e filmes de amor

Eu bem que poderia tentar, sabe!? Muitas vezes percebo que o que tenho é resultado da minha falta de ação. Mas sento, penso e vejo que tá melhor assim. Não preciso de auto afirmação, nem me sentir completa e especial por ter alguém ao lado. É estranho porque eu sofro pela falta, mas sei que vou sofrer muito mais se tiver alguém ao meu lado; porque eu já tentei, então eu tive que encarar aquilo que ninguém gosta e mesmo assim não tem pra onde fugir: eu mesma. 

Não sei o que acontece, eu não sei gostar mais ou menos. Não sei aturar. Já fiz muito gente legal sofrer, e mesmo sabendo que a pessoa não merecia nada daquilo, eu me tornava malévola. Eu maltratei e não tive remorsos, só desejei que aquela pessoa estivesse longe de mim. Meio termo pra mim não vale. 

E se você me perguntar: "você se arrependeu?" Sinto dizer mas a resposta é não. Me deixe agonizar na solidão de sábados, domingos e feriados sozinha, mas não tente tapar meus vazios porque não rola. O mínimo que vou fazer é te xingar por ser incompetente ao ponto de deixar frestas. 

O estranho de tudo isso é que acho que sou assim por acreditar (essa é a melhor justificativa) que sou muito pra gente pequena. Os bonitos não aparecem, e quando aparecem, são burros. Os feios meu subconsciente já descarta porque, pode parecer hipocrisia, eu mereço coisa melhor (gente inteligente é bom ter ao lado pra conversa de bar, tipo discutir o comunismo, o american way of life e yada, yada, yada). E mesmo assim, infelizmente os inteligentes raramente desenvolvem uma pegada meio "caliente" de ser, ou seja, não sou só cérebro.

É uma pena que eu tenha como lema o seguinte ditado: "antes só do que mau acompanhado". E é triste que eu seja tão exigente, mas eu não me contento com pouco. É tudo ou nada. 

No meu caso, NADA