segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Quando a felicidade incomoda

Eu ando histérica, ultimamente, sem nem saber o porque, na maioria da vezes. O meu lado emocional está em ruínas, e o lado racional percebe isso só depois das explosões. Sinto vergonha de mim mesma, algumas vezes.

Hoje, entrei no metrô e me posicionei ao lado de um casal, o que não deveria ter feito por nada, mesmo que isso significasse me espremer lá do outro lado. Explico: era um homem lindo, com uma mulher linda, e eles estavam num abraço de quem não quer se largar nunca mais. E não ficaram com vergonha de dar uns beijos apaixonados. E isso me incomodou. Eu evitava olhar, mas não conseguia. E chorei. Chorei porque tô numa amargura que a felicidade amorosa das pessoas me incomoda, porque eu sinto que aquilo ali, a felicidade estampada, não é pra mim. Todo mundo pode achar a tampa da sua panela, ser feliz com sua alma gêmea. EU NÃO. Se apaixonar sem medo e representar alguma coisa pra alguém com sinceridade foi um sonho bobo que marcou a minha vida. Porque, como eu já disse, ser feliz com alguém tá na lista dos sonhos utópicos.
Eu saí de perto deles porque me incomodou de verdade. Porque eu vejo o meu passado desastroso, e percebo que não, não esqueci. E pelo que eu me conheço, nunca vou esquecer. Nunca vai cicatrizar, mesmo que eu continue minha vida, da forma mais plena que eu posso. Eu nunca vou esquecer, e nunca vou deixar de sentir mágoa, tristeza e rancor. Palmas e congratulações pra quem consegue.

Tenho um amigo que vai se casar nesse fim-de-semana e recebi o convite esses dias. Achei legal por ele ter me convidado, porque não somos íntimos. Mas eu decidi que não vou. Porque eu iria sentir inveja pelo fato dela estar se casando e sentiria mais inveja ainda por ela ter um cara tão bacana ao lado dela. Desejo que eles sejam felizes de verdade, porque ambos merecem. Mas uruca no casamento alheio é demais, até pra mim.

E ao escrever essas linhas, quando surge mais uma vez a certeza de que minha sina é ser sempre o "Plano B", eu molho o teclado. E minha convicção de que minha vida toda não vai ser suficiente pra juntar os cacos só faz crescer.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

!?!??!

Meu fígado está indo pro beleléu porque ando cheia de dúvidas e dilemas. Por favor, quero conselhos!!!
O lance é que preciso me mudar em poucos dias, e ainda não sei pra onde vou. O que vocês fariam: alugariam um lugar no bairro que você mora a vida toda, perto da escola da sua filha e perto do trabalho OU iriam morar perto da família (pai, tios) SEM pagar aluguel MAS longe do trabalho e sujeito a pegar engarrafamento todos os dias?



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dia de sorte

Hoje é sexta-feira 13, e como eu leio horóscopo todo dia, minha antena ligou de ontem pra hoje, ao olhar o calendário. Eu olho o calendário 200 vezes por dia, com a nítida sensação de que tem algo importante pra acontecer e que tem dia marcado. Só não sei o que é e o dia que vai rolar.

Eu acordo mais cedo do que 90% das pessoas que conheço, e moro a apenas 10km do trabalho. Como eu vou de metrô, eu poderia acordar todos os dias, no mínimo, às 8, já que entro no trabalho às 9. Mas eu tenho uma filha de 3 anos que (cada dia que passa tenho mais certeza disso) ADORA dormir e acorda de mal humor todos os dias. Como eu deixo ela na escola de bicicleta, tomo café da manhã antes e vamos simbora.

Saio às 17, muitas vezes mais cedo do que isso, mas meu dia não acaba quando chego em casa, é claro. O único momento em que eu tento relaxar, curtir um tempinho só pra mim, é na hora da novela das 6. Durante 1 hora, até a Aurora tem que me dar um time.

Tô falando tudo isso porque não entendo certas pessoas que não fazem nada da vida. Quando eu digo fazer nada, é NADA mesmo. Você não precisa ter um emprego pra ser trabalhador. É gente que acorda meio-dia, come, passeia, vê TV, fica no pc, o dia acaba e pronto. Como!? COMO!?

Eu sou daquelas pessoas que não gosta de rotina, mas que obrigatoriamente segue uma, mas sempre tentando mudar alguma coisa. O fato de pedalar me dá muito mais ânimo pra aguentar o tranco. Mas a ociosidade me fere, me incomoda, e muito. Fico pensando se eu não tivesse minha filha: provavelmente eu nem estaria no país, estaria cozinhando ou limpando chão num país europeu.

A vida é movimento, nem quando estamos dormindo ficamos parados. O mundo gira, o tempo passa, porque se acomodar e ficar no mesmo lugar se temos milhares de km de vida pra percorrer?

Eu escrevi demais, e tudo isso não tem nada a ver com minha sexta-feira 13. Sinal de que não é o dia do azar, porque estou incrivelmente feliz. Será que é porque amanhã é sábado?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pra começar bem a semana

A revista Momento Espírita me envia por e-mail textos lindos e enriquecedores, que sempre me ensinam algo de bom. Independente de religião, quero compartilhar esses textos porque acho que o que é bom a gente pode sempre doar um pouco ao próximo.

A canção de qualquer mãe e pai

"Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós."

* * *

Tais as inspiradas e inspiradoras palavras de Lya Luft, em sua crônica intitulada A canção de qualquer mãe.

Quando o mundo elege algumas datas para celebrar o amor de mãe, de pai, de namorados, a escritora prefere escrever a seus filhos, enviando uma mensagem inesquecível de carinho e reconhecimento.

Sim, pois sempre será honra inestimável ser pai, ser mãe. Participar da criação de Deus, mesmo que de forma singela, é razão de júbilo intenso no coração.
Quando se vivencia o amor de pai, o amor de mãe, tudo passa a ser diferente – nós nos transformamos.

Serão tempos diferentes, quando todas as nossas relações forem assim, como a da mãe que diz aos filhos: que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação.

Sim, serão tempos diferentes esses...

Tempos do amor que independe da presença e do tempo.

Tempos de nova compreensão sobre presença e sobre tempo.

O amor de mãe e de pai está mudando o mundo, pois estes estão mais maduros, mais atentos, mais vivos...

Nada será como antes, quando finalmente compreendermos e vivenciarmos esse amor com toda sua força.

Nada será como antes, quando os pais aprenderem a olhar nos olhos de seu bebê, dizendo: não sabemos o que nos uniu nesta nova família, se a afinidade intensa ou o compromisso inadiável perante as Leis maiores, mas não importa: tudo o amor irá superar.

Este será o dia em que escolheremos amar, antes de tudo. O amor precisa ser uma decisão dentro do lar, dentro da vida.

Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência.

A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada Terra.

E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter.

Redação do Momento Espírita, com base em artigo
de autoria de Lya Luft, publicado na revista
Veja, de maio/2010.
Em 06.08.2010.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Selo Dardos

Mas é isso, os dias passam, eu tenho (todos nós) que levantar e viver a vida, mesmo que não valha muito a pena. Pelo menos eu tenho a incrível capacidade de me renovar a cada dia, as coisas viram pó do mesmo jeito que eu as tranformo em tornados.

Recebi o "Selo Dardos" da Nandinha, e achei bastante legal. Não sei se mereço, aliás, meus tempos de ouro na blogosfera ficou pra trás, muito pra trás, mas agradeci assim mesmo. A gente escreve, mesmo que sejam bobagens, porque tem loucos que nos lêem, não é!? E a troço é sério, tem até regras:

"Com este selo são premiados os blogs e seus blogueiros que transmitem valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.¨

Recomenda-se que, quem recebe o "Prêmio Dardos" e o aceite, siga algumas regras:

1. Exibir a distinta imagem


2.Apontar o blog pelo qual recebeu o prêmio:
Alma Desarmada

3.Escolher pessoas de sua preferência e um blog de cada pessoa escolhida para oferecer o prêmio Dardos.

Bom, esse quesito eu deixo pra todo mundo ali do lado. Porque eu LEIO todos os dias todas as atualizações. E alguns eu leio porque são engraçados, não porque as pessoas trasmitam valores (muito pelo contrário). Ao contrário de minha personalidade, eu gosto de um bom humor, negro,ácido e inteligente, claro.

Na verdade, eu fuço na internet pra poder rir, porque literatura eu aprecio ainda no papel (VELHA mode ON).

Também tô na TPM, cheia da preguiça escorrendo pelos dedos, ainda transbordando mágoa, ódio e rancor pelos poros, tô divagando deveras porque, sei lá, o desabafo tá saindo pelas letras hoje, sinal de que eu quero morrer. Talvez eu morra hoje, porque hoje é terça e pra mim é o dia do demônio, e estará lá na minha lápide: MORREU DE ENXAQUECA.




segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vida de merda

Eu queria ser relax como muitas pessoas de 35 anos que agem como se ainda tivessem 20. Existem pessoas que não tem preocupações reais, estão livres, leves e soltas como se o tempo não tivesse passado: ainda moram com os pais, dependem deles (inclusive pra criar os filhos), trabalham só pra ter algo o que fazer, sabe!? A preocupação do dia é o que vestir à noite quando for pra um show com o namorado que tem a cabeça branca e se acha o adolescente.

Por que eu sou diferente? Por que o tempo teve que passar pra mim e não pra eles? Por que eu tive que envelhecer e viver uma vida tão responsável e eles não? Por que a vida parece que sorri pra essa galera com grana e status e eu ralo dia e noite pra nunca ter nada pra mim (só porque eu tenho uma boca pra alimentar!?)?

Eu não tenho palavras pra descrever o ódio, a mágoa, o rancor e a amargura que eu sinto esses últimos dias. A minha sorte é que sou uma pessoa espiritualizada e tenho medo do Vale dos Suicidas.