terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Tô apaixonada ou é só educação?

Eu dou bom dia sorridente ao motorista e ao cobrador do ônibus todos os dias (mesmo que o motorista já tenha sido muito estúpido comigo e não se lembre do caso, acho), dou tchauzinho pra eles quando desço; dou bom dia a todo mundo que eu vejo até entrar na minha sala; quando vou almoçar eu abraço o rapaz que me serve todo dia, mesmo ele implicando muito comigo; eu fico tão contente quando alguém me solicita alguma coisa que depois recebo elogios via chefe, e-mail e pelo telefone; o guardador de carros já me pediu carona (e ele nem sabia onde eu morava, jogou um verde, mas eu ofereci assim mesmo); o cara que eu sempre fui afim flerta comigo, porque depois de anos resolvi ser cara de pau (tudo bem que disse à ele que vou me casar, então tô na vibe 24 Horas); eu sempre sorrio quando vejo um (a) velhinho (a) ou um bebê; depois de aaaaanos sem passar a noite em claro na balada, fui dormir feliz depois de passar 10 (DEZ!) horas seguidas conversando com uma pessoa que mora em outro continente. 

2012, me surpreenda. Please.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Eu já disse coisas assim

A pior coisa do mundo é paixão à segunda vista. É você olhar o sujeito, e ele ser bonito e gostoso. É conversar e ver algumas coisas em comum. É simpatizar e rir junto das besteiras oriundas de uns tragos à mais. Aí quando você olha de novo, essa pessoa tem o cheiro e a voz e os olhos perfeitos e daí que você percebe que tá diante de uma das pessoas mais legais que você vai conhecer na vida. 

É você sentir que o mundo embaixo de seus pés poderia ruir, porque aquele abraço te completa de tal forma que não exite mais ninguém no mundo. Mas o pior, o pior mesmo, é quando esse abraço parece que é de consolo. Porque contos de fadas não existem. Não para mim.



*É, eu estava errada.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Não me cansei de sonhar

Sobre a duração de um arco-íris

Se um arco-íris dura mais do que quinze minutos, não o olhamos mais.
A constatação é do filósofo alemão Goethe e representa muito do que vai na alma humana,nestes dias.
Nós, da geração do imediato, do prático, do instantâneo, acabamos tendo dificuldade em nos demorarmos em qualquer experiência que seja, mesmo que prazerosa.
Por que será que muitos de nós acostumamos com a beleza e, então, deixamos de contemplá-la?
Por que será que muitos nos habituamos com as coisas boas que temos na vida e deixamos de valorizá-las?
Alguns não observamos mais as estrelas como se, depois de algum tempo, perdessem sua grandiosidade, seu mistério e deixassem de ser interessantes.
Alguns esquecemos de olhar o pôr-do-sol. Afinal, ele acontece todo dia e talvez não nos surpreenda mais...
Outros deixamos de admirar a esposa, o marido, os filhos, como se esses arco-íris, que temos ao nosso lado, perdessem suas cores ao longo da convivência.
Alguns ainda deixam de se deslumbrar com a própria existência, após alguns anos de luta, esquecendo que cada dia é um novo milagre, uma nova chance, um novo arco-celeste multicolor.
De tão focados no trabalho e nas questões práticas da vida cotidiana, que aprendemos a ser, acabamos nos tornando grandes distraídos.
Sim, distraídos no sentido de esquecidos, pouco atenciosos no que diz respeito às questões mais importantes da existência.
Por isso, em alguns momentos na vida precisamos parar tudo. Parar até de pensar tantas coisas ao mesmo tempo.
As técnicas de meditação nos ensinam este valioso hábito: limpar a mente. Pensar numa coisa de cada vez. Pensar em algo por muito tempo, sem deixar que a mente fique pulando de galho em galho.
Precisamos aprender a observar cada arco-íris até o fim, saboreando esses instantes de maravilhosa beleza, sem deixar que passem, assim, correndo, ou tão rápido, como dizemos popularmente.
A pressa não é apenas inimiga da perfeição mas também da alegria, do deleite e das emoções verdadeiras.
*   *   *
Pare e observe.
Pare e observe algo simples mas fascinante, como a disposição dos galhos numa grande árvore. Imagine quantos seres têm sua moradia ali, escondidos, mas vivos e atuantes no ecossistema.
Pare e observe uma porção de água qualquer: um pequeno lago, uma poça ou até mesmo a água dentro de um copo.
Perceba o comportamento dela quando se gera alguma vibração. Note a forma das ondas.
Coloque a ponta de um dos dedos e sinta a temperatura, a forma com que ela o envolve.
Pare e observe uma criança dormindo. Acompanhe a calma da respiração, a paz de sua expressão, a beleza dos traços...
Pare e observe a vida, os dias, as pessoas. Pare e observe o amor, onde quer que esteja.
Nossa alma se acalma, ganha forças e se aproxima do Criador, sem esforço, sem tensão.
Pare e observe...
Redação do Momento Espírita.
Em 02.01.2012.