segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Mudar é preciso

Eu já tinha percebido o quanto a minha enorme curiosidade só me traz sofrimento. Toda vez que vou querer saber dos outros, eu me fodo. Fico sabendo de coisas que ficariam melhores se eu não soubesse. E num impulso de começo de ano (foi mais imitando a Julis...heh), deletei meu Orkut. Recebia um ou outro recado, e o resto era pura xeretisse minha. Pela 4ª vez, deletei. E espero não voltar.

Eu fui pra terapia no começo de 2009 por causa de um coração partido. Esse maldito site terminou de foder com ele, totalmente. E na terapia identificamos que, mesmo sabendo que iria sofrer, a minha curiosidade era maior, e eu continuava tendo as mesmas atitudes que eu sabia que iam me machucar. E por mais que eu soubesse que ia doer, ia lá e fazia de novo. E de novo, e de novo. E eu até menti umas duas vezes pra Yalê, pra não admitir que eu era tão burra ao ponto de ir atrás do sofrimento.

Na sexta-feira, lendo os links do blog, vi que a Julis deletou o dela. Eu fiquei muito, muito pensativa. Tentada. Tentada a deletar, mas mais tentada ainda em não deletar, afinal, em cima dessa decisão de NÃO deletar, tinha a minha curiosidade, e as pessoas que estavam lá e que eu gosto de verdade, e que na maioria, eu só tinha contato pelo site. Mas no fim das contas, depois que eu deletei minha conta, eu percebi que isso vai ser bom pra mim. Se eu quero que esse ano seja diferente, eu tenho que começar fazendo as coisas de forma diferente. Cortar uma atitude que só me causava dor foi um delas. É meio paradoxal né, insistir numa coisa que dói é burrice, mas o vício é assim mesmo.


A leveza está nos meus planos, sabe!? Tô me livrando, tô deixando o apego escorrer. Seria muito mais fácil se eu não fosse obrigada a ver e falar com algumas pessoas, mas naquilo que eu tenho controle, meus pensamentos e atitudes, eu quero mudar. Eu preciso. Vou fazer 30 anos esse ano e não é justo que eu seja uma velha ranzinza amargurada. Isso é feio e faz mal pra minha saúde. Eu vou esquecer um pouco da vida material e voltarei os olhos para o meu espiritual; quero retomar minhas aulas de yoga; vou fazer mais exercícios; vou ficar mais próxima da natureza; vou sair mais de casa, de dia e de noite; quero deixar de desejar o mal e remoer o mal que fizeram a mim, porque eu não preciso mais me preocupar com isso, afinal não é mais o meu coração que está na reta.

Eu quero ser leve por não carregar mais do que eu PRECISO carregar, entendem!? Tem sentimentos que não me dizem mais respeito, e não quero mais saber de nada que não seja minha própria vida. Ela não é tão leve ao ponto de eu ter cabeça e coração pra me preocupar com os outros. Egoísmo e egocentrismo às vezes não fazem mal.

3 comentários:

G. Fernanda disse...

Fralda cara nada, era um pacotão com 105... rsrsrs

Nos livrar da curiosidade e do que nos faz sofrer é quase divino... desse mal eu tb sofro.

bjus

Joaquim Costa disse...

Muito bem, com ou sem terapia revejo-me nessas palavras e na atitude, ou vontade de... É o caminho certo, sei disso porque já o segui e assim continuo, a mudança está sempre na nossa mão. Deixar de lado as lamúrias e agir é sempre o melhor caminho. As recaidas e o errar não fazem mal, são sinais que há que corrigir. Força!

Gabriel Gape disse...

Se nos livrar da curiosidade e do que nos faz sofrer é quase divino, fazer isso aproximando-se da natureza e investindo no espírito é totalmente divino.

vai lá, Sol!