quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mãe coruja

Às vezes eu me pego sorrindo, olhando pra Aurora e identificando pequenas coisas minhas e do pai dela que ela já traz pra si, pra sua vidinha de 2 anos. Gostos, traços de personalidade, manias que só os pais mesmo pra inserir isso na vida de uma criança. Tipo, eu e o pai amamos café. Ela desde cedo tomou gosto pela coisa, e volta e meia sobe na mesa da casa da babá pra detonar os restinhos de todos os 5.981 copos que ficam dando sopa. Gosta de música, mas quase sempre é o que costumamos ouvir (coisa que nunca foi obrigado, porque a gente não impõe nada à ela). Adora palitar os dentes (!?) mesmo quando tinha uns dois ou três rsrs. Não gosta de pegação, mela-mela, gente pegando e apertando (taí uma coisa difícil). Odeia ficar calçada, um detalhe muito parecido com o Fábio, já que eu odeio que meus pés toquem o chão. Assim como nós dois, não é muito chegada em TV, não suporta nenhuma roupa um pouco mais justa e é difícil manter algo no cabelo dela por mais de 30 minutos.

A única coisa diferente de nós que me vem à cabeça agora é o seu amor por cães. Ela não pode ver um cachorro, de qualquer tamanho, raça ou cor, lá vai ela abraçar e beijar e tentar pegar no colo. Não é à toa que ela recebeu o apelido de "Felícia", já que os 30 cães que vivem perto da onde ela passa o dia inteiro saem correndo em disparada quando vem a loirinha chegando. Eu gosto, amo cães, mas não que nem ela. O pai tem até um pouco de medo. Ela beija e abraça todos que vê, sem nenhum medo.

Minha filha é única. Mesmo que ela esteja na fase chata de dar birra, eu a respeito acima de tudo. E tento fazer com que ela me respeite. Acho que criar filhos não tem receita nem passe de mágica. O trabalho árduo é amenizado quando a gente respeita aquele serzinho que está ali para que possamos educar, mas que possamos aprender também, na maior humildade. Porque ela me ensina todo dia alguma coisa: como ser mais paciente, honesta e batalhadora, me ensina a valorizar mais minha vida em família e o meu trabalho; valorizar as pessoas que não tem laços sanguínios conosco, mas que também são nossa família; e o maior de todos os ensinamentos que ela me deu foi o de deixar de ser egoísta. Porque pensar no próximo faz um bem danado. E quando o próximo é filho nem precisa dizer né!?



Beijo, me liga!

Um comentário:

Carol Rodrigues disse...

Que lindo esse post!
Eu fico imaginando, um dia, quando eu tiver filhos... como eles serão.
Deve ser uma delicia perceber características suas espelhadas na sua filha e ao memso tempo ver como ela tem características que não são nem suas nem do pai.
^^

Bjos